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Irmandade do Companheiro André: julho 2006

julho 25, 2006

Instinto maternal - a conspiração apanhou-nos de vez




Dantes as pessoas faziam sexo porque tinham tesão, ou porque chegavam a casa bêbadas, ou mesmo porque não tinam mais nada que fazer; hoje assiste-se a uma completa inversão da lógica e da tradição. As pessoas decidem que querem ter um filho e então decidem fazer sexo, e cometem muitas barbaridades, deixam de tomar a pílula, deixam de usar preservativo, fazem tratamentos caríssimos de fertilidade, fazem inseminação artificial, planeiam as relações sexuais para coincidir com os períodos de maior fertilidade, e outras coisas que eu não me lembro e outras ainda que nem sei. Nós temos de nos lembrar que somos uns animais que ainda há pouco tempo andávamos a catar-nos em cima de umas árvores e que por acaso descobrimos o fogo, a roda e o José mourinho.

Antes de o homem descobrir a relação de causalidade entre sexo a descendência, era simplesmente uma coisa animal, tínhamos sede bebíamos, e as coisas eram simples.
Mas depois surgiu a TV7dias e o ser humano descobriu que se pinasse tinha filhos, e aí é que a coisa deu para o torto. Passou a ser pecado pinar, fornicar é pecado, mas se for para fazer um filho já não faz mal. Não será isso contra natura? Não há nenhum animal que faça sexo
porque quer ter um filho, o instinto leva-os a fazer sexo porque lhes apetece fazer sexo. A ignorância é muito mais altruísta, dá vontade de pinar sem segundas intenções.

Nunca ninguém teve um orgasmo porque queria ter um filho, poderá ser essa a motivação para começar a fazer sexo, mas depois do comboio estar em andamento, já ninguém se lembra onde é que meteu o bilhete. Questiono mesmo a legitimidade de se fazer sexo para ter um filho, é uma desculpa bem esfarrapada, se se quer ter um filho, que se faça inseminação artificial, se se quer ter um orgasmo que se bata à punh.. O puto não tem que arcar com a responsabilidade que só existe porque aos pais queriam que ele existisse, é muito melhor saber que existe porque os pais estavam com um tesão que não conseguiram aguentar. Fazer sexo porque sequer ter um filho é muito racionalizado, muito mecânico, perde o encanto, pinar porque se estava com tesão e daí nascer um filho parece-me muito mais lógico e natural, desta forma torna-se orgânico, algo que surge naturalmente, como o rio correr em direcção ao mar, algo que acontece sem esforço.

Agora que penso no assunto chego à conclusão que eu próprio já fui possuído por essa coisa do instinto maternal, quando era mais puto quis ter um cão, ninguém me disse para querer ter um cão, os meus pais seguramente não me incentivaram a ideia, pelo contrário tive de insistir muito com eles para o ter. Mas porque carga de água é que eu quis ter um cão. Eu adoro o meu cão, mas um cão é uma responsabilidade enorme, principalmente para um puto de 14 anos. Sim porque o cão era meu e o cão era mesmo meu, foi esse o acordo tácito que os meus pais fizeram comigo, já que eu quis o cão agora que assumisse as responsabilidades, o que para quem já teve de tratar de um animal sabe o que isso quer dizer, apanhar merda todos os dias, limpar o carro de pêlo de cão, e nunca sai todo, ter a casa e o carro a cheirar a cão, levar o cão a passear todos os dias, férias condicionadas, veterinário, trela, ração, dar banho ao cão, limpar a casa de banho depois de dar banho ao cão, aturar os vizinhos que vem chatear porque o cão faz muito barulho, e tudo isto para quê. Quando se vai comprar o cão já nos avisaram disto tudo, já pensamos sobre isto tudo, já antevimos a cena toda e no entanto lá estamos nós, todos contentes na loja a comprar o cão. Não tem lógica, mas no entanto estamos lá, escravos de um instinto que não conseguimos explicar.

Porque é que alguém quer ter um filho, um filho para quê? Tenho a certeza que enquanto alguém se fizer esta pergunta, não pode e não deve ter um filho e que de certeza não está preparado. Tal como os presentes de natal e de aniversário, os filhos terão muita mais piada quando forem surpresa, ou então fruto de uma vontade incontrolável e verdadeiramente irracional. Viva o instinto maternal, que nos permite explicar de uma maneira perfeitamente civilizada o acto mais desavisado que alguém pode cometer.



Manelinho

julho 06, 2006

Quem sabe um dia...

Caras Irmãs de Irmandade, caros Irmãos de Irmandade, todos os participantes e assíduos frequentadores deste nosso sítio de divulgação cultural (quase nenhuns!), caros Amigos e Amigas, primas e primos (tu também Fernando Meira!), familiares e não familiares, colegas de profissão ou não, adeptos do meu clube, de outro clube qualquer, ou daquele clube (sim, aquele) e adeptos da Selecção de todos nós, desportistas em geral, adeptos e jogadores da Juventude de Viana (que apenas sucumbiram na final da taça de Portugal mas de uma forma Gloriosa!), caros combloggers e recentes combloggers, caros políticos (que vão até Munique ver os Tugas mas que voltam cabisbaixos, não pelo resultado mas porque voltam!), religiosos, e aqueles que não ligam puto à política ou à religião, caros 1.863 "amigos e amigas" que enchem a minha pequena lista do HI5, caros 6.233 que já visitaram o meu perfil no HI5 (à data de 06.07.2006 às 10:55), Senhoras e Senhores, e demais que me possa ter esquecido.

Deixo aqui apenas uma palavra (ou várias, ok ok) de conforto aos jogadores que na Alemanha demonstraram que não somos assim tão pequeninos! Estou orgulhoso! E deixo também a imagem de um sonho que continua para aqui a 4 anos...



Irmão André

Conspiração dos hábitos perniciosos induzidos hipnoticamente pelos meios de comunicação

Somos seres de hábitos, que abandonamos a racionalidade em prol da comodidade de nos deixarmos levar pelo rebanho. Acender a televisão quando chegamos a casa, tomar café compulsivamente ao longo do dia, fumar 1 maço de cigarros, são exemplos de entre um mar de coisas que fazemos sem pensar. Porque é que as pessoas fumam um maço, de onde surgiu o conceito de um maço. Dantes as pessoas compravam tabaco à unidade, ia-se a uma tabacaria e tanto se podia comprar 1 como 50 cigarros, mas agora temos aquela coisa do maço, e é como se fosse uma obrigação moral, até ao final do dia aquele maço tem de desaparecer, como se fosse comida num prato, que é pecado deitar fora e por isso temos que comer tudo, mesmo que já não tenhamos apetite. Entra-se na discoteca e somos assaltados automaticamente pela histeria colectiva, vemos uma fila e lá vamos nos como que seres descerebrados comprar uma bebida às cores com 130% de álcool, e inconscientemente acendemos um cigarro, e lá estamos nós todos contentes com as duas mãos ocupadas, a balançarmo-nos tipo urso de um lado para o outro, a intoxicarmo-nos intercaladamente, ora com a mão esquerda, ora com a mão direita. Música do melhor, o DJ atrasadinho, todo na moda de óculos de sol, a debitar mensagens, pelas colunas monstruosas, do novo toxicodependente famoso da MTV. Penso nisto e constato que a forma mais saudável de divertimento nocturno são as casas de alterne, e passo a explicar porquê: a música está mais baixa o que permite manter uma conversa e não há tanto risco de chegarmos ao fim da noite surdos, nos movimentos não são tão repetitivos, há todo um repertório que convém explorar, ou seja não se tem obrigatoriamente de passar a noite a balançar de um lado para o outro, há cadeiras onde as pessoas se podem sentar, o que ajuda a prevenir as varizes, há um risco infinitamente menor de ficarmos paneleiros, porque há bem mais motivos de interesse além do DJ, ou seja, ao contrário de uma discoteca, nas casas de alterne não se vê ninguém a olhar para o gajo que passa a noite a trocar de discos, pela própria natureza do negócio, os clientes das casas de alterne atingem o nível máximo de satisfação em muito menos tempo, o que lhes permite ir para casa muito mais cedo, o que aumenta de forma dramática a produtividade destes conscienciosos utentes nos seus respectivos e respeitáveis empregos. E pensar que o arquitecto de toda esta maquinação infernal é o senhor Ratzinguer e o seu séquito de malfeitores, que começaram com Rosemberg (que para os mais esquecidos foi o inventor da imprensa) e agora dominam os jornais, as rádios e as televisões. São eles que nos induzem a pecar, são eles que criam em nós a necessidade visceral de fazer coisas que nos são perniciosas, para em seguida termos de purificar a alma, nos seus estabelecimentos milenares de lavandaria espiritual. Vivam os pecados saudáveis, vivam as casas de alterne!

Acautelem-se companheiros, pois o pior lobo é o que veste a pele do cordeiro.

Manelinho

julho 05, 2006

O insólito deixa-me perplexo - a conspiração é sub-reptício e dissimulada

Vejo perplexo a televisão, enquanto esta transmite El-Rey Dom José Mourinho a saudar os súbditos, que expeditamente se apresentam à sua porta para celebrar a vitória da nossa nação sobre o opressor estrangeiro, este na pessoa da nação Inglesa. Ele acenava e ria da populaça, cumprindo o protocolo, pega no descendente ao colo e continua a acenar e a rir. Simultaneamente, um jornalista com ar muito profissional, tenta conduzir uma entrevista a um transeunte, no meio de saltos berros e cerveja, perguntando-lhe “e o senhor gostou do jogo da selecção?”, olé, olé olé olé hohohohoo hohooohohooo, até os comemos carago, somos os maiores, huuhuuuuuu!!!! E pessoas com telemóveis em punho a acenarem para a câmara, a espetarem a cabeça em bicas de pés por cima do ombro do jornalista profissional.

Do outro lado do mundo (JAPÃO), numa sociedade guiada por parâmetros de perfeição muito menos exigentes, um jovem de 15 anos incendeia a própria casa, matando a madrasta e dois irmãos, isto porque teve má nota a matemática e estava com medo da reacção dos pais.

Manelinho