Diz que é uma espécie de... Presidente da Câmara!!
Caros "com-bloggers", leitores assíduos (e outros) e demais entes inteligentes que, volta e meia, dão cá um saltinho...
Antes de mais, apresento as sinceras desculpas pela minha prolongada ausência deste querido espaço. Certamente de que foi notada e claramente sentida. Espero, no entanto, poder redimir-me e, futuramente, marcar a minha presença com mais frequência.
Não poderia deixar passar em branco algo que me tem incomodado bem lá no fundinho... Trata-se da atitude do Sr. Rui Rio face à cultura da cidade Invicta. Bem sei que muitos leitores não estarão minimamente interessados e/ou preocupados perante esta "falta de atitude" do senhor em questão. Mas também creio que deveriam tirar uns minutinhos para pensar e opinar se a referida posição do senhor fosse a mesma do Presidente da Câmara do vosso município...
Os cortes nos subsídios às actividades culturais têm tudo menos razão de ser. A actividade cultural já é, por si só, uma actividade difícil e encontra-se quase numa fase de extinção... Ou as pessoas se recusam a ser culturais ou então os próprios espectáculos, ditos "culturais", o são cada vez menos! No entanto, o povo, de repente, acordou para a vida: " Querem privatizar o Rivoli"! Muito boa gente não conhece todos os contornos desse "eventual" acto; no entanto, adicionam-se na luta aos coitadinhos (mas heróicos) dos actores que marcaram presença de uma forma "primária" no Teatro Rivoli para fazer valer a sua opinião! E lá vem a Comunicação Social pôr o seu "pezinho" para que o espectáculo corra às 1000 maravilhas!
Não estou cá para explicar os prós e contras dos dois lados da matéria; não estou cá para criticar (lol) ou apoiar o sr. Rio; não estou cá para falar mal da nossa má cultura... Mas até gostaria...
- que o Teatro Rivoli continuasse a ser só de todos os seus munícipes;
- que todas aquelas pessoas, que, até há pouco tempo, não sabiam bem onde era o Rivoli e até o confundiam com o Tivoli (em Lisboa) e agora o defendem com garras e unhas, deixassem de miar tanto e tomassem um lugar na cultura, participando em eventos que, para eles, serão novidade;
- que nas Corridas de Carros Antigos pela cidade do Porto fossem cobrados bilhetes com preços elevadíssimos, mostrando que a cultura (não) é para todos;
- de saber onde anda o Pedro Abrunhosa e as suas algemas...
Gostaria de saber mais coisas mas como o Natal tá a chegar, pergunto nessa altura...
Queria, por último, deixar umas perguntas no ar... As actividades de enriquecimento curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico serão também cultura? Será que também aí serão sentidos os cortes nos subsídios? Até agora é o que mais parece... Por isso, sugiro uma alteração que deixo à vossa consideração, à do Sr. Rui Rio e, já agora, da Sra. Ministra da Educação...Que tal " Actividades de enriquecimento CULTURAL no 1º Ciclo do Ensino Básico"?!??Assim ficava tudo no mesmo saco... azul!
Saudações cordiais,
Nita
P.S. - Apontamento de humor... "...bomitavam monelhos de cavelo". in Gato Fedorento, 19/11/2006, fazendo alusão a uma fantástica intervenção de um senhor que participou no longínquo "Raios e Coriscos", na RTP, com Manuela Moura Guedes (!!!!). Pérolas, meus amigos, pérolas...
4 Comments:
Após uma leitura em diagonal, fiquei sem perceber se eras contra ou a favor. Cá por mim ia tudo para o olho da rua, terraplanava aquela merda toda, e construía uma fábrica só com mão de obra chinesa, mesmo no sítio onde está agora o Ritobi, ou rixibi ou outra coisa parecida que acaba em i.
Manelinho
Vê-se mesmo que não é da "Inbicta", carago!! Como reagiria se fosse privatizado o T.M. Sá de Miranda? De braços abertos, calculo que não seria... Veja lá , Manelinho, tento, muito tento...
Se a leitura não fosse na diagonal, tenho a certeza de que teria compreendido a minha posição!
Seja bem aparecido!
Saudações
Nita
Em primeiro lugar quero só corrigir o Irmão Manelinho: de facto nã se trata de "terraplanar aquela merda toda" mas sim "terraplenar aquela merda toda";
Terraplenagem - s. f., acto ou efeito de terraplenar. Terraplenar - v. tr., encher de terra os vãos de um terreno até ficar plano; formar terrapleno em; alisar.
Depois deste momento cultural completo a Irmã Nita: De facto o Irmão Manelinho não é da Inbicta, mas sim natural de V.N. Famalicão (corrijam-me caso esteja enganado), encontrando-se actualmente a viver em Viana e a exercer profissão em Carreço, concelho de Viana. Em relação ao T.M. Sá de Miranda nunca este poderia ser privatizado já que o Senhor P.C. de V.C. não conseguiria realizar um exercício mental tão elaborado assim. Preocupa-se com outras coisas não menos importantes. Mas por acaso gostava de ver para onde fugiriam todos aqueles manifestantes caso alguém lhes pedisse "uma ajudita em moedas" para salvar o Rivoli! A cultura parte das pessoas e não das Autarquias. Se as pessoa não gastam dinheiro na cultura, muito dificilmente os organismos serão auto-suficientes. E as Câmaras não andam propriamente a nadar em dinheiros! Acho eu... Mas esta é a minha singela opinião...
Irmão André
Caríssimo André,
Concordo quando diz que a cultura deve partir das pessoas; mas algumas pessoas trabalham nas autarquias certo? O acesso à cultura é um direito ainda que também um dever por parte dos cidadãos. Quando esse acesso é limitado - seja por que motivos for e da maneira que se bem entender - está a ser desrespeitada uma liberdade individual e também colectiva, consequentemente...
Quanto aos dinheiros, não concordo... Acho, inclusive, que as Câmaras até devem fazer campeonatos de bruços! Não sabem é o que fazer ao dinheiro - uma boa gestão é o que eu deseja pelo Natal para algumas autarquias...
Agradeço a sua "opinião singela"!
Saudações cordiais,
Nita
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